A demora na escolha do líder do governo no Senado teve vários episódios, reviravoltas, traições e o desfecho obedeceu às duras condições políticas que contrastam com as da Câmara. O líder Carlos Portinho (PL-RJ) terá seu batismo se conseguir aprovar o projeto que limita o ICMS dos combustíveis. Ele não era, obviamente, a primeira opção do presidente Jair Bolsonaro quando Fernando Bezerra (MDB-PE) deixou o posto no fim do ano passado. A prioridade era buscar um perfil de parlamentar experiente, agregador e com trânsito entre os colegas. Marcos Rogério (PL-RO) chegou a aceitar o convite em reunião no Palácio do Planalto, mas voltou atrás depois de ser pressionado pelos colegas Davi Alcolumbre (União-AP) e Weverton (PDT-MA). Ambos são do grupo inicial que buscou apoio à eleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado. Carlos Viana (PL-MG) foi cogitado, mas é candidato a governador de Minas Gerais e as conversas não evoluíram. Portinho está em seu primeiro mandato ao assumir, em novembro de 2020, a vaga de Arolde de Oliveira que morreu em decorrência da Covid. Candidato a vereador no Rio em 2016, não conseguiu se eleger.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília