O Palácio do Planalto quer evitar que o relator da PEC das Bondades, deputado Danilo Forte (União-CE), altere o texto e retire o estado de emergência previsto na proposta. Mudanças na redação obrigariam o texto a voltar ao Senado para novas votações. O governo tem pressa em implementar as medidas com o aumento do Auxílio Brasil, voucher-caminhoneiro e aumento do vale-gás. A ideia do governo é que a PEC seja aprovada antes do recesso para que os benefícios cheguem ao bolso dos eleitores ainda em agosto. Se voltar ao Senado, seria mais difícil pagar o benefício em agosto, a tempo da população sentir os efeitos das novas benesses. Uma hipótese levantada foi de que se houver mudanças no texto – que poderia incluir também pagamento aos motoristas de aplicativos – obter do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o compromisso que a medida seria votada antes do recesso. Mas o Planalto sabe que, mesmo que Pacheco diga que daria essa garantia, ele pode não conseguir cumpri-la. A reunião de líderes será fundamental para esta decisão.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília