Já morando na Lagoa, no Rio, e empenhado na montagem da estratégia para garantir o seu futuro político no Estado, o ex-ministro da Saúde e general da reserva Eduardo Pazuello não irá participar da elaboração do programa de governo da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Pazuello apenas entregou algumas sugestões para o futuro programa ao senador Flávio Bolsonaro, um dos coordenadores da campanha do presidente, que reunirá sugestões de outras pessoas, como o ministro Paulo Guedes. Flávio será responsável pelo protótipo desse programa, formado por uma coletânea de sugestões. A elaboração de um plano de governo não é considerada de suma importância para a equipe de campanha de Bolsonaro. Pazuello está filiado ao PL desde o mês passado, mesmo partido do presidente. O general Pazuello se prepara para disputar uma vaga para deputado federal. No entanto, poderá alçar vôos mais altos: vice na chapa do governador Cláudio Castro, aliado de Bolsonaro. A possibilidade começou a ser aventada por conta de vários problemas que o ex-prefeito de Caxias, Washington Reis, está enfrentando na Justiça.
Ao mesmo tempo que monta sua equipe de campanha e discute suas estratégias para as eleições, Pazuello está ajudando a organizar uma motociata com Bolsonaro no dia 22. Mais uma vez, Pazuello estará ao lado do presidente e fará discurso no palanque a ser montado no Aterro. Agora, no entanto, sem infringir o Regulamento Disciplinar do Exército, já que está na reserva desde março passado. Apesar das críticas que recebeu, sua atuação na Saúde será uma das principais bandeiras de sua campanha.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília