No momento em que tenta se aproximar da classe média, como informou o BAF mais cedo, o governo teve de lançar uma operação de guerra nesta tarde contra a repercussão negativa que tomou conta das redes sociais por causa da decisão de combater fraudes em importações. A oposição aproveitou a deixa para concluir que comprar nos populares sites chineses, por exemplo, vai ficar mais caro para o consumidor. A comunicação do governo falhou ao anunciar a medida ontem e só nesta tarde o governo colocou seus influenciadores para explicar nas redes a decisão da Receita. O Ministério da Fazenda explicou, por meio de nota, que nunca houve isenção de tributos nas compras até US$ 50. As fraudes de empresas do comércio internacional simulavam operações entre pessoas físicas, situação que tinha tratamento privilegiado. “Beneficiam-se também as empresas brasileiras, sobretudo as pequenas empresas, que são as que mais empregam e pagam corretamente os seus tributos”, acrescenta o texto divulgado hoje. A decisão da Receita atende a demanda de grandes varejistas nacionais, como Magalu e a Havan.
Daiene Cardoso, Arnaldo Galvão e Ricardo Galhardo – Direto de Brasília e São Paulo
Foto: Pedro França, Agência Senado