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ONS critica adição de energia inflexível

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aponta no Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional (PAR/PEL) 2023 que a transição entre o período diurno para o noturno será um desafio nos próximos anos, pois será preciso dobrar a carga de rampa demandada nesse horário do dia até 2028, dos atuais 25GW para 50GW, suprida sobretudo por usinas hidrelétricas. A expansão das fontes fotovoltaicas, centralizadas e distribuídas aumenta a complexidade da gestão. No documento, o Operador afirma que para fins de atendimento a essa rampa, os recursos energéticos inflexíveis se mostram inadequados como opção de expansão da matriz elétrica para o atendimento dos requisitos de potência, e que o setor elétrico deverá viabilizar instrumentos que agreguem flexibilidade ao SIN, considerando os recursos centralizados, distribuídos e o empoderamento do consumidor. A busca por inflexibilidade nos contratos de suprimento de energia é perseguida principalmente por usinas a gás natural, como as que foram incluídas na lei de privatização da Eletrobras e no PL das eólicas offshore.

Flávia Pierry – Direto de São Paulo

Foto: ONS

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