Eduardo Leite está decidido a ficar no PSDB e confirma hoje sua saída do governo gaúcho para se colocar “à disposição do partido”. A aposta do tucano é que, sob fritura até julho, quando ocorre a convenção nacional, João Doria seja formalmente abandonado para dar lugar ao gaúcho. Apoiadores de Leite afirmam que ele é um nome mais palatável para o MDB e o União Brasil. No entanto, Doria e Bruno Araújo, presidente do PSDB, se reúnem quinzenalmente com os presidentes e presidenciáveis dos dois partidos para fechar uma aliança, informou ao BAF um auxiliar do paulista. Os tucanos que apoiam Doria, no entanto, estão reclamando que o presidente do PSDB tem deixado crescer a insurgência contra o paulista para fortalecer Leite. Se nas prévias o PSDB ficou fragilizado com a troca de acusações entre os dois grupos, mais três meses de tiroteio com dois candidatos que mal saem do piso nas pesquisas eleitorais, é garantia de um forte desgaste para um partido que já presidiu o país por dois mandatos.
Tatiana Farah – direto de São Paulo