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O candidato secreto

Um nome tem chamado a atenção nas pesquisas de intenção de voto com percentual de até 2%, empatado com o governador João Doria (PSDB). É o deputado federal André Janones (Avante-MG). Janones não deve incomodar os primeiros colocados, mas seu percentual revela algo importante no fenômeno eleitoral: o poder das redes sociais. Janones nasceu na greve dos caminhoneiros, mas cresceu na pandemia, com um discurso pelo auxílio emergencial. Não se pendurou na campanha pró e contra vacina, mas na dificuldade do brasileiro de se virar na crise. Teve um timing que faltou a vários candidatos mais robustos. Seu posicionamento flutua entre o centro e a centro-esquerda. Os analistas de redes sociais já vinham apontando para o crescimento do deputado, mas o meio político convencional se espantou com as pesquisas. Quem olha suas redes sociais entende: são 7,9 milhões de seguidores (seguidores, não fãs) no Facebook, 1,3 milhão no Youtube e 2 milhões no Instagram. No Twitter, considerada a plataforma de debate político, sua participação é discreta, com 128 mil seguidores, bem abaixo dos principais candidatos. Janones fica fora do radar dos comentaristas políticos, mas consegue nas redes o engajamento que os candidatos mais conhecidos disputam e poucas vezes acertam. Não é para menos que em vez de grandes marqueteiros, os candidatos tenham tentado investir em profissionais mais jovens, com conhecimento dessas plataformas. O difícil é que não existe uma fórmula de sucesso para isso: tem de ser o discurso certo, no momento certo, em consonância com o humor das redes. Quem tem acertado mais é Jair Bolsonaro, que tem uma rede de defesa insone.

Tatiana Farah – Direto de São Paulo

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