Líder da bancada do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR) traça um marco temporal relevante para a apreciação dos temas de interesse do governo na Casa: 15 de abril. Segundo o petista, só será possível saber se cumprirão o calendário de votação das matérias relevantes nesta data. É o período em que se espera que o impasse em torno das MPs esteja sanado e os cargos no governo encaminhados. O problema é que o calendário do governo, que previa o início das votações relevantes logo após o Carnaval, está em risco. A essa altura, já era para se ter uma ideia mais precisa do tamanho da base aliada. Em entrevista ao Valor Econômico, Dirceu alega que a montagem da base governista será gradual. Ele se antecipa e lança um discurso para as derrotas que se avizinham: “as primeiras votações não serão termômetro”. A questão é quando a base estará definitivamente azeitada. Na entrevista, Dirceu não crava que a votação da Reforma Tributária começará de fato em maio e faz um aceno a Arthur Lira ao concordar que o rito constitucional de apreciação das MPs está “bagunçado”.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
Foto: Cleia Viana, Câmara dos Deputados