Um novo desentendimento no governo atrasa a solução tributária para tornar o etanol mais competitivo durante o período da crise. Há consenso na equipe econômica em relação ao aumento da CIDE sobre a gasolina, mas a maior divergência agora é a criação de um imposto temporário de importação para o combustível. A secretaria de Carlos da Costa é favorável ao novo tributo e chegou a propagandear as medidas como sendo um acordo do governo com o setor, mas outra secretaria técnica acionada por Paulo Guedes é contrária a alíquota sobre a gasolina importada. Há reuniões na pasta para discutir sobre o tema e a decisão deve ser tomada pelo ministro da Economia até amanhã. O impasse irritou Tereza Cristina, que tem maior diálogo com o setor sucroenergético, e especialmente o ministro Bento Albuquerque, de Energia. Há um mês, o MME havia fechado posição favorável ao aumento da CIDE aliado a isenção temporária do PIS/Cofins.