Chamado de amigo pelo presidente Bolsonaro na abertura dos trabalhos legislativos, Arthur Lira aproveitou seu discurso para alfinetar o Senado e o PT, mas, por outro lado, evitou defender o governo. Lira citou em pelo menos duas ocasiões a aprovação, pela Câmara, do PLP 11/2020, que trata do ICMS sobre os combustíveis, e que está no Senado. Ele também lembrou que a Câmara aprovou a reforma do Imposto de Renda, que está na Comissão de Assuntos Econômicos da Casa vizinha. Além disso, Lira defendeu que a economia seja conduzida sem truques ilusionistas ou aventuras temerárias, numa crítica indireta às pedaladas da época da ex-presidente Dilma Rousseff. O governo, no entanto, não recebeu nenhum elogio. Pelo contrário. Também de forma indireta, Lira lembrou que a Câmara teria segurando os sobressaltos e arrefecido as crises geradas no ano passado – por Bolsonaro.
Chico de Gois – direto de Brasília