Auxiliares de Lula defendem uma postura mais agressiva do governo em relação ao presidente da Câmara, Arthur Lira. Para eles, Lira age deliberadamente para dificultar a configuração de uma base sólida para o governo na Câmara. Quanto mais frágil o Executivo, maior o poder do presidente da Câmara. Lula já recebeu o conselho de orientar setores do PT ou de partidos à esquerda, como o PSOL, a criarem um polo para se contrapor publicamente a Lira na Câmara. Mas avaliam que o trauma causado pelo impeachment de Dilma Rousseff depois de uma tentativa de enfrentamento com Eduardo Cunha impede Lula de ser mais incisivo.
Ricardo Galhardo – Direto de Brasília
Foto: Fatima Meira, Folhapress