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Impasse no governo sobre modelo deixa programa Vale Gás mais longe de anúncio

O programa de Vale Gás a ser lançado pelo governo Lula deu um passo atrás e agora está mais longe de ser anunciado, conforme apurou o BAF.
Lula mencionou o novo programa entre as três principais entregas que quer fazer neste momento e disse que espera beneficiar 22 milhões de famílias. Porém, há dificuldade interna do governo de definir como será o modelo do benefício.
O governo gostaria que fosse feito um voucher com um valor de recarga para um botijão de 13kg a cada período de tempo (calculado conforme uso das famílias). O setor e o MME tentam mostrar ao presidente a impossibilidade de que exista um voucher no valor de uma carga de gás, o que causará um tabelamento e seus problemas econômicos.
Também não é ideal que as famílias recebam valores acima do uso, o que poderia criar um mercado paralelo de vouchers.

Preço de mercado – Para o setor produtor de GLP, o modelo ideal para o programa de Vale Gás é um sistema de cashback em que 100% dos impostos federais e 20% dos estaduais, pagos na compra do GLP, tenham o cashback.
Assim, o valor do produto seria o de mercado, mas de acordo com a faixa de renda da população destinatária e da capacidade fiscal do governo, seria oferecido, bimestralmente, um valor de cashback em um montante próximo ao preço médio do gás em cada Estado.
Há um grande imbróglio sobre isso e dificuldade do governo de entender os problemas que serão causados com um tabelamento do gás ao definir um valor único na conta – algo que é mais fácil de anunciar politicamente e de medir o benefício para a população, sendo dinheiro na conta.
No modelo de cashback, o benefício seria um pouco abaixo do preço médio: o cliente que comprasse o gás abaixo disso ficaria com crédito do valor para a próxima compra, baseado na diferença até o preço médio. Quem gastou mais receberia a diferença (pensando que a logística faz o preço variar muito dentro de um mesmo Estado).

Equipe BAF – Direto de São Paulo

Foto: Reprodução

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