O ministro da Fazenda abordou hoje no World Economic Forum, em Davos, vários temas relevantes da sua área, como, por exemplo, o arcabouço fiscal que será proposto até abril e a reforma tributária que deve ter duas etapas neste ano. No primeiro semestre, o plano é mudar a tributação sobre o consumo. No segundo semestre, será a vez de alterar a tributação sobre a renda. Mas chamou a atenção a preocupação de Fernando Haddad com a oposição de extrema-direita que o governo Lula enfrenta. Faz pouco mais de uma semana que aconteceram ataques às sedes dos três poderes em Brasília e há vários desdobramentos inquietantes. Há intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal decorrente das falhas da Polícia Militar em 8 de janeiro, mas o Exército, especialmente o Batalhão da Guarda Presidencial, subordinado ao Comando Militar do Planalto, não protegeu o Palácio do Planalto. Nesse contexto, o governo Lula trabalha para reeleger Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O Senado não terá Flávio Dino, Camilo Santana e Wellington Dias, três experientes ex-governadores que assumiram ministérios. Por outro lado, terá General Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Damares Alves (Republicanos-DF) e Magno Malta (PL-ES) que tentarão ser protagonistas na oposição e devem apoiar a candidatura de Rogério Marinho (PL-RN) contra Pacheco.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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