Segundo fontes próximas a Lula, a decisão da equipe econômica de refazer as contas sobre a vinculação constitucional dos gastos com educação, saúde e assistência social na proposta da nova regra fiscal atende ao pedido do presidente para que Fernando Haddad fizesse “ajustes” à proposta e buscasse apoios no Congresso. Ontem o próprio Haddad disse que está fazendo contas sobre as vinculações constitucionais. Setores do PT com participação no governo defendem que essas áreas fiquem fora do limite de gastos. Eles argumentam que a limitação pode prejudicar programas sociais e erodir a aprovação de Lula entre as camadas mais pobres que o levaram à presidência e baseiam o argumento no mantra do presidente: despesas com educação, saúde e social não são gastos, são investimentos. A equipe de Fernando Haddad busca um meio termo para não desfigurar a proposta e tenta se blindar do fogo amigo procurando apoios no Congresso, inclusive na oposição.
Ricardo Galhardo – Direto de Brasília
Foto: Nacho Doce, Reuters