A semana que seria de votações rápidas e comemorações com a aprovação da PEC das Bondades está se transformando em preocupação. Embora o discurso seja de que não haverá problema para a aprovação do texto com os novos benefícios à população, alguns interlocutores do Planalto, que esperam aprovar ainda hoje a PEC em dois turnos na Câmara, já falam que se não for hoje, o proposta pode ser aprovada amanhã. É uma mudança de discurso depois que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, adiou para a manhã de hoje a sessão do Congresso para votar a LDO. A sessão para votar a PEC das Bondades está prevista para esta tarde e deve se estender ao longo da noite. Os trabalhos no Congresso vão até sexta-feira, quando se inicia o recesso. Mas todos sabem que quinta-feira dificilmente se consegue quórum qualificado para votação. A agenda do presidente Bolsonaro está aberta para ajudar em algum convencimento na votação. O governo pediu empenho total dos líderes para finalizar o texto hoje, mas o atraso na LDO pode atrapalhar a votação. Daí a necessidade de avaliação e monitoramento, durante todo o dia, em relação aos votos. O Planalto obteve a garantia do presidente da Câmara, Arthur Lira, de que vai levar a votação hoje adiante. O governo tem pressa na aprovação da PEC porque quer começar a pagar o benefício até o final do mês, para ajudar a melhorar os seus índices nas pesquisas.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília