Às vésperas do início para valer dos trabalhos no Legislativo, o governo contabiliza 31 Medidas Provisórias na fila para votação no Congresso. Destas, 22 são de Bolsonaro e nove de Lula. Entre elas estão as que definem o aumento real do salário-mínimo, os novos Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida e a recriação do Ministério da Cultura. As votações das MPs devem dar a medida do tamanho da base do governo no Congresso. O Planalto tem uma conta parecida com a da bancada do PT, entre 310 e 350 cadeiras, conforme a pauta. O governo divide a base em três grupos: 1 – partidos que se aliaram a Lula no primeiro turno da eleição; 2 – PSD e MDB, onde o apoio é mais sólido; 3 – Demais partidos do Centrão, mais fragmentados, onde as negociações são no varejo e dependendo de cada pauta. O Planalto avalia que amplos setores do PP e PL, partidos da oposição, devem votar com o governo em temas prioritários, como a Reforma Tributária e novo marco fiscal.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo
Foto: Waldemir Barreto, Agência Senado