Além da própria pressão para que algum ministro do STF peça vista na ADI 5090 sobre a inconstitucionalidade da TR na correção do saldo do FGTS, o governo conta com interesses semelhantes das empresas de construção civil e do saneamento. Assessores do Ministério da Fazenda que acompanham a questão evitam sugerir um placar no STF, mas pessoas com trânsito no Palácio do Planalto dizem que, depois da aposentadoria de Ricardo Lewandowski, os principais contatos do governo no STF são os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. No entanto, caso perceba que o placar a favor da inconstitucionalidade da TR seja largo, o governo cogita desistir da ideia de algum ministro pedir vista. A Advocacia Geral da União (AGU) calcula uma correção de R$ 661 bilhões sobre os depósitos no FGTS feitos entre 1999 e 2013.
Chico de Gois e Ricardo Galhardo – Direto de Brasília
Foto: Marcello Casal Jr., Agência Brasil