O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) vem informando que “o gato subiu no telhado” para a geração hidrelétrica desde a reunião deste mês do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). No informe da programação da última semana de fevereiro, divulgado no dia 16, o ONS voltou a deixar claro que é preocupante o ritmo das afluências nos rios que abastecem hidrelétricas. A palavra utilizada pelo ONS é “alerta” sobre a constante manutenção dos níveis de Energia Natural Afluente (ENA) abaixo das médias históricas para o período úmido, que ficaram ainda menores do que a estimativa feita no começo do mês. Nesta semana, o Operador anunciará as estimativas para março, mês chave do período úmido, gerando expectativa sobre os dados, que podem trazer alterações no custo marginal da operação – travado em R$ 0 há mais de um ano -, indicar maior introdução de geração termelétrica já durante o período úmido (neste domingo, quase 10% da geração brasileira foi termelétrica, cerca de 6.300MW médios, um pouco acima dos 4.000MW médios estruturais) para preservar reservatórios hidro, o que pode elevar o preço spot da eletricidade. Até semana passada, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apontava estimativa do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) no piso regulatório, de R$ 61,07/MWh até dezembro.
Flávia Pierry – Direto de São Paulo
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