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Eleições do BID é teste para governo eleito

Lula disse ontem que vai recolocar o Brasil no centro da geopolítica mundial e que, depois da vitória em 30 de outubro, falou com mais chefes de Estado que Jair Bolsonaro durante o mandato iniciado em 2019. O presidente eleito para seu terceiro mandato disse que não quer inimigos, não quer guerra. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) terá eleição em 20 de novembro e o ministro Paulo Guedes lançou a candidatura de Ilan Goldfajn, diretor do FMI e ex-presidente do Banco Central. A importância dessa eleição é simbólica porque vai revelar como o próximo governo enfrenta um fato quase consumado. Goldfajn foi presidente do BC com perfil técnico durante o governo de Michel Temer. As manifestações dele foram discretas, cuidadosas. Na gestão dele, não havia autonomia operacional do BC. O Brasil pode ter um brasileiro pela primeira vez na presidência do BID, mas isso depende do aval de Lula na semana em que ele participará da COP-27 no Egito. A presidente do PT disse que seria de bom tom adiar a eleição, mas disse desconhecer que o ex-ministro Guido Mantega tenha entrado em contato com a instituição multilateral com esse pedido. Em Washington, as negociações para o lançamento de Goldfajn contaram com o sinal verde da secretária do Tesouro americano Janet Yellen.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Marcelo Camargo, Agência Brasil

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