Deputados e líderes ouvidos pelo BAF relatam que as discussões aprofundadas sobre a PEC da Transição ainda não chegaram nas bancadas e a expectativa é em relação ao desenrolar das negociações no Senado nos próximos dias. Não adianta um posicionamento da Câmara sem o respaldo do Senado, reforçam. O que existe no momento são direcionamentos, como do PL e do PP, de aprovar o extra-teto por um ano e com metade do valor proposto pelo governo eleito. A justificativa é de que se o orçamento é discutido anualmente, a licença para extrapolar o teto tem de ser por um ano. Há quem aposte num limite de R$ 110 bi. Os sinais hoje indicam que os posicionamentos públicos dos partidos até agora servem mais para marcar posição e não facilitar de pronto o “cheque em branco”. Nada impede, no entanto, que os ventos mudem de direção e a orientação seja outra na hora do voto.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
Foto: Pablo Valadares, Câmara dos Deputados