O clima de conflito entre o ministro Alexandre Silveira e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, não arrefeceu. Na verdade, tem se consolidado em um nível de desentendimento que interlocutores avaliam difícil de reverter. Nos últimos dias, Silveira e Prates chegaram a trocar farpas em entrevistas sobre a necessidade de maiores investimentos para escoamento do gás natural brasileiro. É uma rusga criada pela composição do Conselho da Petrobras, que acabou com um grande número de indicações de Silveira, mas pode ter impacto em decisões futuras para o setor de óleo e gás. Além do possível papel que a Petrobras pode ter no programa do Gás para Empreender, já anunciado por Silveira, a inimizade entre os dois pode dificultar o futuro debate sobre precificação dos combustíveis. É o que avaliam integrantes da equipe técnica do próprio MME. Em sua cerimônia de posse, o ministro deixou claro que soluções para amortizar os preços aos consumidores passariam pela Petrobras, mas o cenário pode mudar com uma relação não tão amistosa entre os dois nomes do alto escalão petista.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Montagem BAF / Fabio Rodrigues Pozzebom, Agência Brasil / Pedro França, Agência Brasil