Numa disputa pelo comando do Congresso, as contas dos candidatos nem sempre vão coincidir com os princípios da matemática. Com o voto secreto, parlamentares se sentem livres para prometer apoio aos dois lados e, só na urna, se posicionam. Faltando dois dias para a definição da Mesa Diretora do Senado, a guerra de contas (e de nervos) se acirra e os candidatos colocam nos cálculos a expectativa de traições que venham a favorecê-lo. É difícil cravar um placar final, principalmente considerando que os candidatos também estão sujeitos a “turbinar” os números. Do lado de Pacheco, a perspectiva de vitória é de mais de 40 votos. Nos cálculos de Marinho seriam 35 votos para cada e 11 indecisos. Com ou sem qualquer “mãozinha” do Palácio do Planalto, Rodrigo Pacheco (PSD/MG) segue favorito. Já Rogério Marinho (PL/RN) conta com o efeito surpresa. Caciques do PL relataram ao BAF que a chance de vitória do ex-ministro bolsonarista cresceu nos últimos dias e fez com que o partido cedesse a vaga de 1º vice-presidente na Câmara – como acertado anteriormente com Arthur Lira – ao Republicanos de Marcos Pereira.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
Foto: Fábio Rodrigues, Agência Brasil