Diante da repercussão das imagens do então ministro do GSI, Gonçalves Dias, agindo de forma passiva com os invasores do Palácio do Planalto, o PT já dá sinais de que não vai relutar contra a CPMI do 8 de janeiro e vai aceitar a instalação da comissão na próxima semana. Mesmo sabendo que uma CPMI atrapalha a pauta econômica, o vice-líder do governo no Congresso, deputado Lindbergh Farias (PT/RJ), disse nesta tarde que o foco da base na comissão será apontar os financiadores e os vínculos com Jair Bolsonaro. Enquanto o deputado falava aos jornalistas, na tribuna da Câmara bolsonaristas cobravam a prisão de Gonçalves Dias e a mesma “rigidez” do ministro Alexandre de Moraes. O discurso era que se Anderson Torres está preso e nem em Brasília estava no dia do atentado, o general merece o mesmo destino. Com a agenda do governo comprometida pelos holofotes da CPMI, Lindbergh destacou que os governistas montarão agora uma linha de atuação na comissão. “O governo não pode parar”, disse.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
Foto: Fátima Meira, Futurapress, Estadão Conteúdo