Com o slogan “A Rebeldia da Esperança”, Ciro Gomes foi oficializado hoje como pré-candidato do PDT à Presidência. O marqueteiro João Santana ressuscitou o “voto rebelde” expressão usada pelos pedetistas de raiz, para contrapor Ciro sobretudo a Lula. Ciro disse que o rebelde é quem desafia a falsidade de “paz e amor”, que remete a “Lulinha paz e amor”. Em discurso, Ciro atacou a política econômica dos últimos 20 anos e se alinhou à esquerda propondo: taxação de grandes fortunas, fim da “fraude” do Teto de Gastos, e desmonte do tripé macroeconômico. E mandou “tremer de novo as cinco e seis famílias de banqueiros” e “os tubarões que se apoderaram da Petrobras”. Prometeu: plano emergencial de pleno emprego com 5 milhões de vagas; financiamento de smartphones, curso de games, educação de formação para o trabalho, os escolões de Brizola, uma reforma urbana, programa de renda mínima universal criado por Suplicy, estoques reguladores de grãos e gás de cozinha subsidiado para custar a metade do preço. Além disso, disse estar elaborando até março um plano de combate à corrupção. Nesse ponto, bateu em Sergio Moro, “de glória efêmera como juiz”, que teria semeado “nulidades”, e que como pré-candidato sugeriu a criação de uma Corte de Combate à Corrupção. “Não cansa de tentar transformar a farsa em heroísmo”, disse ele, chamando o ex-juiz de “inimigo da República”. Por fim, citou a operação policial de que foi alvo, dizendo que é honesto e a chamando de criminosa.
Tatiana Farah – Direto de São Paulo
