Auxiliares próximos de Fernando Haddad dizem que não existe debate no Ministério da Fazenda sobre quem vai substituir Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central em 2025, quando terminar seu mandato. Eles avaliam que a nota publicada em O Globo, citando Gabriel Galípolo como “candidato” de Haddad ao BC, é tentativa de queimar o nome do secretário executivo da pasta. A afinidade com Haddad, o papel que teve na construção da Nova Regra Fiscal (NRF) e principalmente o espaço ganho por Galípolo no governo são motivos de ciúmes. Ele tem cumprido funções que vão além das atribuições comuns ao cargo e assumido tarefas políticas relevantes. Um exemplo foi a construção do modelo de tributação dos combustíveis. Na véspera do anúncio, Galípolo foi enviado por Haddad ao Rio para negociar com a Petrobras. Os fatos de não ser filiado ao PT e ter vindo do mercado financeiro aumentam a rejeição ao seu nome entre lideranças do partido e adversários internos de Haddad.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom, Agência Brasil