Aliados do presidente defendem que ele precisa se apressar nas composições e desenhos, realizando reuniões de campanha mais frequentes, já a partir da semana que vem. Por enquanto, esses encontros são esporádicos e meio desorganizados, a exemplo do que aconteceu na primeira campanha. Bolsonaro, que desconfia de tudo e de todos, quer ter o controle de cada ponto da campanha em sua mão, delegando o mínimo possível. O grupo da campanha tem um núcleo duro integrado somente por civis. O filho 01 está sendo colocado como a liderança do grupo, justamente pela proximidade e lealdade ao pai. Flávio trabalha ao lado de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, que cuida mais dos palanques nos Estados e dos ministros Ciro Nogueira, Ônyx Lorenzoni e Fábio Faria. Paralelamente, há um apoio também de um grupo militar, com Braga Netto, Ramos e Heleno, mas tratando de questões mais pontuais, já que toda a estratégia e programa estão na mão dos civis. Este desenho é completamente diferente da campanha passada, quando os militares dominavam a elaboração do programa de governo e dividiam protagonismo na campanha com Onyx, que continua ao lado de Bolsonaro, e Gustavo Bebianno, que deixou governo como desafeto e depois morreu.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília