Chama a atenção nas últimas negociações em torno da composição da Mesa Diretora da Câmara a volta de Marcos Pereira (SP) para a cúpula e a permanência de Luciano Bivar (PE) em posto de comando da Casa. Presidente do União Brasil, Bivar não saiu da Mesa Diretora da Câmara nas últimas eleições internas. Pelas conversas, Bivar deve continuar na 1ª Secretaria, uma espécie de “prefeitura” da Câmara. Dono de um perfil conciliador, o presidente do Republicanos deve voltar a ocupar a 1ª vice-presidência da Câmara, acumulando a mesma vaga no Congresso. Pereira foi o 1º vice de Rodrigo Maia, ganhou a simpatia dos petistas quando, representando a Casa, liderou um grupo de parlamentares que foi ao STF contestar a tentativa de transferência de Lula da prisão em Curitiba para um presídio em São Paulo. Ao reivindicar a vaga, Pereira desbanca o pleito do PL, que apresentava o nome de Sóstenes Cavalcante (RJ) desde o fim do ano. O deputado fluminense, que hoje é líder da bancada evangélica, pode ficar com a 2ª vice. Se confirmada a presença dos dois na Mesa, será um duplo reforço para a Bancada Evangélica. Ao acumularem as presidências de seus partidos e cargos relevantes na Câmara, Bivar e Pereira indicam que mais do que definir os rumos das siglas, querem também ser decisivos na pauta do Legislativo.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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