O relator do PLP 18/22 não deve fazer o papel de representante do governo nas negociações dos Senado com os governadores pelo projeto. Com um filho disputando o governo de Pernambuco, o senador deve ser aberto a ideia de suavizar a perda de arrecadação dos Estados. Isso não significa um apoio irrestrito às demandas dos governadores. Bezerra sabe que não pode modificar a matéria demais, sob o risco de a Câmara retornar ao formato aprovado pelos deputados. Também deve ajudar a moderar o apoio aos pedidos estaduais a rusga criada pelos Estados com os senadores na implementação do PLP 11, com o não cumprimento do acordo sobre a regulamentação do ICMS sobre combustíveis. A expectativa de Fernando Bezerra é entregar um primeiro texto já na semana que vem, mas lideranças do Senado acreditam que o relatório deva ficar para a semana seguinte. Isso porque além das negociações com os Estados, ainda será necessário uma discussão com Arthur Lira sobre o texto do senador. Os senadores acreditam que, desde a elaboração do parecer até a votação, a matéria pode tomar a maior parte do mês de junho.
Equipe BAF – Direto de Brasília