Um somatório de fatores levou o general Braga Netto a não participar do evento com cara de campanha eleitoral, em Brasília, onde o presidente Jair Bolsonaro foi aclamado e tratado como candidato à reeleição. É que a presença de Braga Netto poderia caracterizar o anúncio da chapa da reeleição caso alguém desavisado fizesse algum discurso com essa conotação. Isso levaria a problema certo com a Justiça Eleitoral, com acusação de antecipação da campanha. Bolsonaro e Braga Netto acabaram acertando a sua não ida ao evento, causando uma surpresa generalizada. A filiação do ministro, até agora, está fechada com o PL. Mas este não foi o único motivo da ausência de Braga Netto. Havia incômodo na cúpula militar de que, de novo, o ministro da Defesa estivesse em cima de um palanque eleitoral. Com isso, a ideia é que Braga Netto deixe o cargo até a quinta-feira e, liberado das amarras com a caserna, se filie ao PL. Braga Netto continua sendo o preferido de Bolsonaro e considerado “seguro” contra impeachment no Congresso, caso vença as eleições.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília
