O líder do PT na Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Enio Verri, do Paraná, afirma que a crescente pressão da sociedade e de parte da imprensa tem sido decisiva para a divisão na base de apoio ao governo sobre a mudança que pode tornar obrigatória a execução das emendas do relator. Verri espera que os parlamentares rejeitem a mudança que torna ainda mais rígida a execução orçamentária, mas beneficia o grupo político liderado pelo Centrão, que vem ocupando cada vez mais espaço na Câmara e no Senado. Conhecidas pelo código RP9, essas emendas passaram a ser impositivas a partir da aprovação na CMO do parecer do senador Marcos do Val (Podemos-ES), relator da LDO 2023. Ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) anunciou que Marcos do Val teria recuado e concordado em mudar seu parecer para a votação da matéria na sessão conjunta do Congresso, mas há dúvida se as alterações no texto são suficientes. A sessão do Congresso ainda não começou.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília