PT e Lula avaliam ajustes na comunicação do partido e da campanha presidencial. Neste manhã, após encontro de “reconciliação” com o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, Gleisi Hoffmann admitiu que o PT pode mudar a estratégia de comunicação. O partido sofre com problemas internos no comando da área e falta de reação diante da crescente onda de notícias falsas. “Estamos discutindo a estrutura de comunicação tanto do partido quanto da campanha. Vamos tomar as medidas que acharmos necessárias para ajustar, mas este não é um tema relevante”, respondeu. Questionada sobre os R$ 45 milhões que estaria sendo cobrado pelo marqueteiro Augusto Fonseca, a presidente da legenda disse que vai negociar “dentro da nossa condição e da legalidade”. O discurso da dirigente mudou diante da constatação de que a desorganização na comunicação pode ameaçar a liderança folgada que Lula tem hoje nas pesquisas. Até então, o discurso predominante no partido era que não tinha muito o que fazer para rebater os boatos, que o objetivo do adversário era “criar confusão” e que o dia da eleição era o mais importante. Nesta manhã, Lula e Paulinho – que ontem posou ao lado de Eduardo Leite e de Aécio Neves – fizeram as pazes. A alegação era que o ato, que teve vaias ao presidente do Solidariedade, não era do PT e sim de outros sindicatos.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo
