Candidatos oficiais do MDB e do PSDB, Simone Tebet e João Doria mobilizam suas bases e aliados para garantir sua sobrevivência até 18 de maio, quando os partidos da chamada terceira via devem anunciar uma chapa única à Presidência. Escolhidos pelos mecanismos internos de seus partidos, os dois enfrentam seguidas rasteiras dos caciques. Ontem, depois de o presidente do PSDB, Bruno Araújo, dar seguidas declarações que comprometem a candidatura de Doria, o paulista acionou suas bases, que começaram a pedir a cabeça do ex-deputado. “Vocês disseram que Bruno soltou a mão de Doria, mas a verdade é que ele nunca segurou”, resumiu um auxiliar do ex-governador ao BAF. Nos grupos de Whatsapp dos tucanos, militantes já pediam a substituição de Bruno pela ex-governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, aliada de Doria. Já Simone Tebet, depois de jantar de líderes emedistas pró-Lula, teve de dar uma demonstração de força recebendo apoio de 14 diretórios estaduais. São movimentos que mostram a fragilidade dessas candidaturas e complicam mais suas condições de arregimentar aliados fora das legendas e agradar setores econômicos.
Tatiana Farah – Direto de São Paulo