Os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet iniciam o caminho de volta para o Brasil após uma turnê em Washington sem saber ao certo qual cenário de resistência às medidas de redução de gastos vão encontrar.
O presidente Lula não viajou para a Rússia por recomendação médica e teve tempo de sobra para dialogar com a ala do governo que rechaça a palavra “corte”. O mandatário demonstra publicamente resistências, principalmente quando diz que gastos com educação e saúde são investimentos, por exemplo.
Enquanto Haddad dizia no exterior que o melhor remédio no momento é fortalecer o arcabouço fiscal, no Brasil a Secom do ministro Paulo Pimenta tratava as propostas como “fake news”. Pimenta é da ala mais ideológica do PT, o mesmo grupo que não queria nem ouvir falar de “desvinculação” quando o tema começou a circular e que nunca aceitou o arcabouço por inteiro.
Como o BAF vem reiterando, a primeira etapa é convencer o presidente – que não necessariamente vai aceitar o pacote inteiro – e a segunda fase, tão dura quanto, será convencer os aliados de que não há para quem passar a batata quente. A tarefa de Haddad e Simone no retorno não será fácil.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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