O Tesouro informou que os leilões de títulos públicos realizados em janeiro tiveram bom desempenho e mostraram que o mercado vê cenário de melhora do ambiente fiscal ao longo do tempo. O pagamento de precatórios foi decisivo para o déficit primário do governo central de R$ 230,53 bilhões em 2023, equivalente a 2,12% do PIB. O secretário Rogério Ceron disse que, sem os efeitos de passivos decorrentes de 2022 – Lei Complementar 201 (acordo das perdas do ICMS) e pagamento do calote dos precatórios – o déficit primário seria de 1,08% do PIB. Esse resultado hipotético teria cumprido a promessa feita por Fernando Haddad no início do ano passado. Os números do governo central em dezembro de 2023 revelaram que o empoçamento alcançou R$ 34 bilhões em novembro, mas reduziu-se a R$ 20 bilhões em dezembro. Na expectativa do Tesouro, a maior parte das correções das distorções aprovadas no Congresso terá efeito neste ano. Em 2023, as despesas discricionárias foram de R$ 37,63 bilhões, o que significa aumento real (IPCA) de 65,1% em relação a 2022.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Getty Images