A tendência de alta continua na relação entre o preço internacional dos combustíveis e o preço praticado no Brasil. De sexta-feira para hoje, as defasagens chegaram a 13% para o diesel e 10% para gasolina. No caso do diesel, a média é de R$ 0,75 de diferença para os preços internacionais, o que dificulta importações do combustível.Bolsonaro dificilmente irá escapar de ter de lidar com mais um reajuste no diesel em pleno segundo turno. Dentro da Petrobras, a expectativa é de que pode haver cobrança pública de Bolsonaro com os novos preços, mas mirando mudanças em cargos e não mais a troca da presidência da empresa, como já fez em outros momentos. Já se fala nos corredores da empresa de mudanças que Caio Paes de Andrade, presidente da petroleira, gostaria de fazer em algumas diretorias para deixar a Petrobras com as digitais da equipe econômica de Guedes. As mudanças não teriam relação com a precificação dos combustíveis, mas sim com a intenção de Guedes em eventualmente privatizar a empresa num eventual segundo mandato de Jair Bolsonaro. Mesmo assim, integrantes confirmam que a pressão sobre a Petrobras cresceu nos últimos dias para que a petroleira espere uma ‘comprovação maior’ do cenário internacional para repassar o reajuste. Durante os primeiros anos do governo, a Petrobras informalmente costumava esperar uma defasagem de dois dígitos percentuais para repassar ao preço da refinaria.
Equipe BAF – Direto de Brasília