Técnicos do Ministério da Fazenda alertam que a estratégia de iniciar a reforma pelos tributos sobre o consumo tem dois grandes riscos. O primeiro deles é o do processo legislativo que depende da aprovação de emenda constitucional para criar um imposto sobre valor agregado. O segundo obstáculo é o de convencer todos os que pagam e arrecadam tributos sobre serviços, o mais relevante do PIB. Esses técnicos defendem que o início da reforma deveria ter como foco a renda porque já foi aprovada na Câmara e não depende de emenda constitucional. O presidente Lula tem repetido que quer colocar o pobre no orçamento e o rico no Imposto de Renda. O projeto defendido pelo ex-ministro Paulo Guedes e aprovado na Câmara com articulação do presidente Arthur Lira (PP-AL) teve votos dos deputados do PT e vai nesse sentido ao tributar lucros e dividendos.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Governo Federal