O Tribunal de Contas da União (TCU) informa que ainda não há análise sobre a existência de todos os requisitos técnicos para que o mérito do pedido do subprocurador-geral do Ministério Público, Lucas Rocha Furtado, seja julgado pela Corte. Em 24 de julho, Furtado pediu medida cautelar para que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, evite tratativas sobre a possibilidade de terceirizar a gestão das reservas internacionais. Atualmente, segundo o subprocurador, ela é integralmente controlada pela autoridade monetária. Na interpretação de Furtado, a atividade é tipicamente estatal e não pode ser delegada ao setor privado. Em entrevista à BlackRock Brasil, Campos Neto disse que está aberto à gestão externa porque há uma nova classe de ativos financeiros e o BC tem muito o que aprender, mas sempre com respeito à preservação do capital, governança e sustentabilidade. O presidente do BC informou que, atualmente, a maior parte dos ativos é administrada internamente, mas que essa atividade externa teve um grande programa que acabou em meados dos anos 2000. O assunto vem sendo abordado pelos críticos de Campos Neto. A presidente do PT publicou ontem, em sua conta do Twitter, que vai anexar essa “estranha terceirização dos ativos” ao pedido de apuração feito ao Senado por nove partidos sobre a condução da política monetária.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Agência Senado