O setor empresarial nacional, através do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), apresentou suas propostas para a Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade (Epanb). É o mecanismo que vai definir os caminhos que o país vai trilhar em relação à natureza para atingir os objetivos do novo Marco Global de Biodiversidade Kunming-Montreal. O propósito do documento é contribuir para que o Brasil tenha uma política efetiva e eficiente para a biodiversidade, que permita ao mesmo tempo produzir e preservar, gerando empregos e renda para a população. Na proposta, o CEBDS apresentou quatro recomendações e propôs a implantação dessa política em três fases. 1ª fase – mapear as empresas de grande porte que possuem relatório de sustentabilidade e/ou de impactos sobre a natureza e investimento em capacitação, utilizando o ODS 12 e outros documentos já existentes como base para reporte, sendo encorajado que as empresas busquem se capacitar sobre as novas metodologias, ferramentas e/ou padrões existentes; 2ª fase – estabelecimento de parâmetros para o reporte utilizando-se os padrões, relatando-se os impactos e dependências de forma mais aderente às metodologias e ferramentas já amadurecidas, seguida de definição mais clara do plano de monitoramento do governo; 3ª fase – atingir o objetivo do novo marco com progresso em potencial na Meta 15, com a definição de um modelo de reporte nacional. Para o CEBDS, o grande desafio, e ao mesmo tempo a grande oportunidade, está justamente nos trabalhos que deverão ser desenvolvidos pelo poder público para tornar a Meta 15 exequível no Brasil, à qual define a identificação e divulgação regular dos riscos, dependências e impactos sobre a natureza relacionados às atividades das empresas.
Ana Gois – Direto de São Paulo
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