Em meio às especulações sobre a decisão de reajustar em 5% os salários, servidores públicos pressionam o governo de diferentes formas para obter o que reivindicam. As pautas são variadas entre dezenas de carreiras de Estado, mas a reposição das perdas provocadas pela inflação acumulada desde 2020 é a mais comum. O presidente do sindicato dos funcionários do Banco Central, Fábio Faiad, revelou que, na reunião de ontem, Roberto Campos Neto disse que é consenso entre os ministros o reajuste geral de 5%. Os policiais federais sentem-se traídos pelo presidente Jair Bolsonaro porque tinham ouvido dele a promessa de reestruturação de três carreiras, o que significa aumentos de mais de 5%. Eles contam com a força política do ministro da Justiça, Anderson Torres, delegado da Polícia Federal. Os auditores fiscais da Receita Federal mantêm a campanha pela regulamentação do bônus de eficiência criado por lei em 2017 e avisam que a máquina da arrecadação entrará em colapso se não for garantida no orçamento a verba mínima necessária. O Sindifisco Nacional ainda critica o relaxamento de procedimentos aduaneiros de liberação de mercadorias determinado pela cúpula da instituição, segundo eles, para contornar as operações-padrão que vêm sendo realizadas pela categoria.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília