A participação de Adolfo Sachsida no Lide teve pouca propostas concretas para o setor de energia elétrica e óleo e gás. A aposta do ministro está basicamente em aprovação de novos marcos legais para todos os segmentos para permitir maior competitividade e, assim, baratear os custos da energia e dos combustíveis. É um planejamento para os próximos anos, considerado impossível de ser colocado em prática em poucos meses. Tudo indica de que ele deve continuar como ministro, caso Bolsonaro seja reeleito. A estratégia de mudança nos marcos legais, além de exigir tempo e articulação no legislativo, precisa de regulação posterior e muitas vezes demora a ser implementada. Sachsida se comprometeu em continuar a abertura do mercado de energia elétrica e no foco em redução de impostos para o setor de petróleo como maneira de manter preços de combustíveis mais baixos. O que atualmente tem desenho mais claro de atuação da pasta é a mineração, com propostas de criação de letra de risco para o setor, fundos de investimento e oferta permanente de áreas. Ao contrário de Bolsonaro, Sachsida fez duras críticas ao garimpo ilegal e evitou responder sobre incentivo de mineração na Amazônia. A fala agradou ao mercado e sinalizou que, ao menos no MME, a mineração é tratada de forma mais responsável.
Equipe BAF – Direto de Brasília