As declarações do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, enquanto ocupou os cargos de secretário de Política Econômica e chefe da Assessoria Especial de Estudos Econômicos na equipe de Paulo Guedes foram na direção contrária à da adoção de medidas populistas para baixar artificialmente os preços dos combustíveis. No início de março, Sachsida disse que a consolidação fiscal melhora o risco do Brasil, atrai investimento e reduz a cotação do dólar frente ao real, o que ajuda com relação aos preços dos combustíveis. Na mesma oportunidade, ele afirmou que a instabilidade fiscal prejudica o câmbio e, portanto, faz aumentar o preço dos combustíveis e o resultado é o oposto do pretendido, o que faz o Ministério da Economia se posicionar contra algumas propostas. Se ele mantiver a coerência com o que falou, pode-se esperar respeito às decisões da Petrobras que têm desgastado o presidente Jair Bolsonaro na campanha da reeleição. Sachsida tinha sido elogiado publicamente por Bolsonaro em eventos recentes, quando o presidente revelou que recebeu aulas de economia do então pesquisador do Ipea a partir de 2017.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília