Ruídos fiscais seguem padrão do gabinete paralelo da saúde na pandemia
A postura do presidente Jair Bolsonaro diante do desafio da reeleição em meio a condições desfavoráveis reforça o temor de alguns integrantes da equipe econômica de estarem sendo pouco ouvidos sobre as escolhas que têm de ser feitas para a definição do orçamento de 2022. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a dizer hoje que ruídos ligados ao que pode ocorrer na política fiscal provocam apreensão e muitas perguntas sobre os programas sociais ainda não foram respondidas. O governo estuda a extensão do auxílio emergencial, mas integrantes da equipe econômica já disseram que não identificam as condições necessárias para aprovar a extensão desse benefício. O gabinete paralelo da saúde, revelado pela CPI da Pandemia, ofuscou as recomendações dos ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, ambos médicos. A postura de Bolsonaro no início da maior crise sanitária da história foi contrária à vacina CoronaVac, ao uso de máscaras, ao isolamento social e defendeu tratamento precoce com medicamentos imprestáveis para tratar os doentes com Covid-19.