O relator-geral do orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), afirma que a sessão conjunta do Congresso marcada para amanhã é um ambiente diferente do encontrado na Comissão Mista de Orçamento e há muitos parlamentares, principalmente no Senado, que criticam as emendas do relator, conhecidas como RP9. Ele diz que, apesar de a mudança que tornou essas emendas impositivas ter sido aprovada na CMO, a votação de amanhã pode mostrar outra correlação de forças. Castro foi contra as RP9 impositivas e não considera apropriado que o presidente da CMO atue nessas emendas que são do relator-geral, mas uma ampla maioria apoiou essas mudanças na comissão. “Minha posição como relator-geral é delicada porque tenho de me relacionar bem com todos e não devo aumentar os conflitos”, pondera o senador. Ele argumenta que as RP9 foram criadas em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, e não foram impositivas até agora. Castro questiona se muitos parlamentares apoiariam essas emendas impositivas, no volume de aproximadamente R$ 19 bilhões, se o ex-presidente Lula não tivesse chance de ganhar a eleição.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília