O relator do projeto de lei complementar do novo marco fiscal é um experiente deputado que tem longa atividade na CMO. Neste momento, Cláudio Cajado (PP-BA) tem procurado ouvir o máximo possível de bancadas e entidades do setor privado interessadas em sugerir mudanças no texto enviado pelo Executivo. Cajado está na Câmara desde 1995 e, atualmente, é muito próximo do presidente Arthur Lira (PP-AL). O relator não está confirmando ou rejeitando sugestões, mas deixa claro o que não quer. Na visão dele, o pior dos mundos é não votar o novo marco fiscal porque o que ficaria é o teto de gastos. Cajado ressalta que a PEC da Transição deu ao governo um conforto de R$ 1 trilhão em quatro anos, mas mantém canal aberto com os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet. Ele afirma que o governo pode elevar a arrecadação sem aumentar a carga tributária. O substitutivo de Cajado terá de lidar com inúmeras pressões. Do lado defensor da disciplina fiscal, ele tem ouvido que flexibilizar a LRF é contabilidade criativa e que a sanção prevista na proposta do Executivo não impede o aumento do gasto.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Luis Macedo, Agência Senado