Os auxiliares mais otimistas de Paulo Guedes reconhecem que não há chance relevante de o Congresso aprovar, neste ano, uma Reforma Tributária para tornar a vida de empresas e pessoas físicas menos injusta. No ano passado, fracassou no Senado a tentativa de tributar lucros e dividendos para garantir fonte ao Auxílio-Brasil. Neste momento, o radar dos negociadores do governo identifica movimentos para a correção da tabela do Imposto de Renda, promessa de campanha do então candidato Jair Bolsonaro em 2018. As recentes decisões do Executivo que reduziram a carga do IPI aumentaram a insegurança de governadores e prefeitos com uma Reforma Tributária ampla que pudesse reorganizar o sistema de arrecadação que financia pesadas máquinas administrativas nos âmbitos federal, estadual e municipal. Para piorar o contexto, somou-se à exagerada rigidez orçamentária a falta de transparência das emendas parlamentares.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília