O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, passou os últimos dias dividido entre o imbróglio da regulamentação das bets e reuniões com o secretariado sobre a Reforma do Imposto de Renda. Já foi apresentado ao presidente Lula as linhas gerais do que seria proposto, mas não existe um texto pronto sobre isso.
O avanço das discussões e eventual decisão de antecipar o envio da proposta dependem do cenário político a partir de agora. Tudo está atrelado ao resultado das urnas após o segundo turno das eleições municipais, como isso vai mexer com o tabuleiro das forças em nível nacional, o processo de sucessão na Câmara e no Senado e o quanto esse conjunto influencia a agenda do governo nesta reta final do ano.
Apesar de se apegar no interesse biográfico de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, a preocupação neste momento do Ministério da Fazenda é com o andamento da Reforma Tributária, que empacou nas últimas semanas na Câmara e no Senado. Tanto que o governo retirou a urgência do PLP no Senado e agora aguarda a votação dos destaques do segundo projeto na Câmara.
Só com a conclusão da regulamentação da Reforma Tributária no Congresso ou, ao menos, o encaminhamento para um desfecho dos projetos, o governo terá condição de definir o momento do envio da Reforma do Imposto de Renda.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Sergio Lima