A perspectiva de votação da PEC 45 na semana que vem, na Câmara, mobilizou alguns governadores que, agora, se juntaram ao coro dos descontentes com as mudanças. Os representantes dos setores de serviços, do agronegócio e os prefeitos já tinham deixado claro que temem a Reforma Tributária. São vários os motivos do medo. A extinção de tributos que são a base da arrecadação de Estados (ICMS) e municípios (ISS), a centralização do caixa na União e a consequente dependência de repasses federais são desafiadores para o governo e para o presidente da Câmara. Empresários dos setores de serviços e do agro reclamam do aumento da carga tributária. Arthur Lira quer uma Reforma Tributária para chamar de sua, mas corre o risco de aprovar mudanças cosméticas e, portanto, manter a eterna agenda da Reforma Tributária necessária, mas que governo algum conseguiu alcançar.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Najara Araújo, Câmara dos Deputados