Novas rodadas de reuniões com o presidente Lula estão previstas para tratar da redução de gastos, mas não constam oficialmente nas agendas públicas do mandatário e dos ministros da área econômica.
Na segunda-feira, o ministro Fernando Haddad entrou mudo e saiu calado do encontro com Lula. Uma imagem divulgada nas redes sociais tentou passar uma imagem positiva do encontro.
A expectativa é que a ministra Simone Tebet também se volte para o trabalho de “convencimento” do presidente. A estratégia é se reunir com o menor número possível de participantes para evitar vazamentos.
O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, disse em Londres que o controle de gastos é um “caminho bom”, mas destacou que as discussões sobre a revisão devem vir numa segunda etapa, após a conclusão da tramitação da Reforma Tributária. A previsão é que o primeiro texto da regulamentação tenha seu relatório apresentado na CCJ do Senado em 27/11, com votação no colegiado no dia 04/12 e só depois apreciação no plenário. Isso significa que, o que depender de apreciação no Senado sobre revisão de gastos, deve ficar a cargo de Davi Alcolumbre, provável sucessor de Pacheco.
Se por um lado a equipe econômica tem o respaldo de Pacheco, nesta terça-feira a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, voltou à carga nas redes sociais, atacando o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, por seu apoio ao “choque fiscal positivo”. O comentário de Gleisi mostra o tamanho do desafio de convencimento que a equipe econômica tem pela frente.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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