Lula se encontrou com Dilma ontem para mostrar que se a ex-presidente não terá papel relevante em sua campanha tampouco será escondida. O candidato e o PT sabem que isso não é possível. Por isso já começam a moldar um discurso em defesa da gestão de Dilma na economia. Já é a terceira versão desde o impeachment, em 2016. A primeira, que vigorou até poucos meses atrás, fazia uma espécie de mea culpa admitindo erros na condução da política tarifária e manutenção de incentivos bilionários. Depois o PT passou a culpar Eduardo Cunha, dizendo que as pautas-bomba do ex-deputado impediram Dilma de consertar erros cometidos, sobretudo em 2014. Agora petistas eximem totalmente a ex-presidente de qualquer responsabilidade e jogam a bomba no colo de Joaquim Levy. A tentativa de reabilitar Guido Mantega faz parte deste movimento. Em tempo, Dilma recusou convite para concorrer a deputada pelo Rio Grande do Sul.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo
