Previsto para ser anunciado em março, o programa de crédito popular para microempreendedores poderá ter o valor per capita de R$ 4 mil. O valor do empréstimo que o governo quer conceder, por meio de bancos públicos como Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste, ainda não está totalmente fechado e depende de acertos entre o Planalto e o Ministério da Economia. Os primeiros estudos falavam em beneficiar pelo menos 20 milhões de pequenos empreendedores. Não estão definidas as condições e a modalidade dos empréstimos. A vantagem desta proposta, afirma-se, é que não afeta o teto de gastos porque se trata de créditos vindos de bancos públicos. Este benefício está sendo considerado um trunfo pela área política do governo, pois seria como injetar dinheiro na veia da população, com reflexos até mesmo no emprego. A benesse, na avaliação de fontes do governo, serviria até mesmo para corrigir os problemas da pouca adesão de microempresários quando, no primeiro ano da pandemia, foi aberta uma linha de crédito para este segmento. Naquela ocasião, apenas 15% dos micro e pequenos foram atrás da ajuda, alegando condições desfavoráveis a quem tomasse os empréstimos. Agora, as condições seriam melhores e com objetivo de ajudar um segmento da economia muito afetado pela crise econômica provocada pela pandemia.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília
